Ainda quando eu era um aluno da graduação de Linguística, tive o imenso prazer de fazer parte de uma equipe de revisão técnica da Editora Hedra, na confecção do que seria o primeiro dicionário livre da Língua Portuguesa.
"O Minidicionário Livre da Língua Portuguesa é a primeira
obra de referência impressa sob as licenças Creative
Commons (CC-BY-NC), permitindo ao leitor reproduzir,
distribuir e modificar seu conteúdo, desde que não faça
dele uso comercial e mencione sempre o nome do autor.
Com 35 mil verbetes, o dicionário conta ainda com
divisão silábica, indicação de pronúncia e grafia dos plurais irregulares, além da maioria dos nomes
de grupos e línguas indígenas do Brasil, geralmente não dicionarizados."
Sempre gostei da Lexicografia e ainda quando criança passava horas lendo os dicionários que me chegavam às mãos. Na faculdade, tive a felicidade de ter contato com dois excelentes doutores (Waldemar Ferreira Netto e Rosane de Sá Amado), que me abriram as portas para aquilo que seria minha primeira expericência no ramo editorial de dicionários.
Eram horas e horas criando o corpus que viria a ser a base desse dicionário, consultas e consultas a uma seleção de dicionários já publicados e aclamados no país, assim eram as manhã do início do novo milênio. Eu sinceramente não tinha dimensão do trabalho que dava, também não reconhecia o impacto que essa obra teria.
Essa publicação foi além-mar e serviu de base para confecção de outro dicionário Dicionário livre santome/português
Livlu-nglandji santome/putugêji, de Gabriel Antunes de Araujo, um dialeto africano influenciado pela Língua Portuguesa em São Tomé desde o século XVI.