sexta-feira, 26 de junho de 2020
Por que se educar através dos Great Books?
terça-feira, 26 de maio de 2020
Inglês da BBC London: Basic and Advanced Levels
Minha história com a língua inglesa - parte 1
Tive contato com a língua inglesa, primeiramente, através dos estudos de meu pai. Ele, mecânico e eletricista, era entusiasta em aprender a língua de Shakespeare.
Ainda muito criança, recordo-me de meu pai se dedicar horas a ouvir e a ler fascículos de um curso muito famoso no Brasil em meados de 1979 e 1980 - Inglês da BBC London: Basic and Advanced Levels (em 144 fascículos)
O curso consistia em um conjunto de 96 fascículos e 24 fitas cassetes do curso básico (e intermediário). Totalizando 1536 páginas de lições, transcrições dos áudios e exercícios.
Além disso, o curso avançado continha ainda 48 fascículos e 24 fitas cassetes.Totalizando outras 768 páginas.
Cada fascículo custava inicialmente Cr$ 70,00 (aprox. U$ 3,00) e o valor do último fascículo foi de Cr$ 171,00 (aprox. U$ 3,50), mostrando a inflação galopante muito comum na época. Pensando que um maço de cigarros na época custava cerca de Cr$ 10,00. Essa breve análise só para mostrar que o quanto custava aos padrões da época.
O mais puro inglês britânico e gravado em fitas com a melhor qualidades para a época. Cada cassete tinha aproximadamente 50 minutos de gravações. Todas elas eram cuidadosamente marcadas com as unidades das lições, o que facilitava na hora de consultar o material impresso. O que mais me chamava atenção eram as imagens escolhidas para ilustrar cada uma das fitas cassetes, sempre referentes à cultura inglesa.
Algumas edições também vinham completas em pastas-fichários para acomodar as fitas e os fascículos. Porém, o conteúdo até onde pude perceber jamais mudava.
Apesar da alta qualidade do material para época, hoje muitos conceitos e tratativas estão em desuso. Há um certo ar de elegância devido à parte gráfica e ao cuidado com as explicações.
Essas acomodações só vi em sebos e sites especializados em vendas de antiguidades. No Brasil, o material era comercializado em bancas de jornais e revistas.
As orientações para o curso básico são muito claras, apesar de um vocabulário um tanto quanto formal.
As explanações introduzem um vocabulário que será tratado na unidade. E se apoiam no Listening dos diálogos e na exaustiva repetição, o que eu julgo ser muito necessário.
Há explicações sobre questões de gramáticas e culturais num padrão muito formal e essa parte, mesmo sendo em português, chega ser um pouco enfadonho.
Nas lições iniciais, não há muitas palavras para se procurar, contudo nas lições avançadas já há necessidade de uma busca mais cuidadosa das palavras.
Mais exercícios de audição, antes dos Drills - quem são exercícios gravados e em que se precisa participar.
A parte mais legal, ao meu ver, está na parte das Songs, que são canções com a cara dos anos 70 e de melodia com o vocabulário da unidade e que por serem bem chicletes - fica-se cantando-as o dia inteiro.
O fato de os exercícios serem bem simples, quase todos são contextualizados com a comunidade britânica nos anos de 1970. Atores,cantores, modas e tecnologias são apresentadas como o melhor para o aperfeiçoamento do aprendizado da língua estrangeira.
Sempre achei a parte gráfica desse material um espetáculo a parte
Se você nasceu muito tempo depois da publicação desse material, imagine-se aprendendo inglês com esses recursos e seja grato por hoje haver uma quantidade imensurável de formas de se aprender a língua inglesa. Se você é dessa época, curta a nostalgia de relembrar como estudávamos na era pré-internet.
Tive contato com a língua inglesa, primeiramente, através dos estudos de meu pai. Ele, mecânico e eletricista, era entusiasta em aprender a língua de Shakespeare.
Ainda muito criança, recordo-me de meu pai se dedicar horas a ouvir e a ler fascículos de um curso muito famoso no Brasil em meados de 1979 e 1980 - Inglês da BBC London: Basic and Advanced Levels (em 144 fascículos)
O curso consistia em um conjunto de 96 fascículos e 24 fitas cassetes do curso básico (e intermediário). Totalizando 1536 páginas de lições, transcrições dos áudios e exercícios.
Além disso, o curso avançado continha ainda 48 fascículos e 24 fitas cassetes.Totalizando outras 768 páginas.
Cada fascículo custava inicialmente Cr$ 70,00 (aprox. U$ 3,00) e o valor do último fascículo foi de Cr$ 171,00 (aprox. U$ 3,50), mostrando a inflação galopante muito comum na época. Pensando que um maço de cigarros na época custava cerca de Cr$ 10,00. Essa breve análise só para mostrar que o quanto custava aos padrões da época.
O mais puro inglês britânico e gravado em fitas com a melhor qualidades para a época. Cada cassete tinha aproximadamente 50 minutos de gravações. Todas elas eram cuidadosamente marcadas com as unidades das lições, o que facilitava na hora de consultar o material impresso. O que mais me chamava atenção eram as imagens escolhidas para ilustrar cada uma das fitas cassetes, sempre referentes à cultura inglesa.
Algumas edições também vinham completas em pastas-fichários para acomodar as fitas e os fascículos. Porém, o conteúdo até onde pude perceber jamais mudava.
Apesar da alta qualidade do material para época, hoje muitos conceitos e tratativas estão em desuso. Há um certo ar de elegância devido à parte gráfica e ao cuidado com as explicações.
Essas acomodações só vi em sebos e sites especializados em vendas de antiguidades. No Brasil, o material era comercializado em bancas de jornais e revistas.
As orientações para o curso básico são muito claras, apesar de um vocabulário um tanto quanto formal.
Há explicações sobre questões de gramáticas e culturais num padrão muito formal e essa parte, mesmo sendo em português, chega ser um pouco enfadonho.
Nas lições iniciais, não há muitas palavras para se procurar, contudo nas lições avançadas já há necessidade de uma busca mais cuidadosa das palavras.
Mais exercícios de audição, antes dos Drills - quem são exercícios gravados e em que se precisa participar.
A parte mais legal, ao meu ver, está na parte das Songs, que são canções com a cara dos anos 70 e de melodia com o vocabulário da unidade e que por serem bem chicletes - fica-se cantando-as o dia inteiro.
O fato de os exercícios serem bem simples, quase todos são contextualizados com a comunidade britânica nos anos de 1970. Atores,cantores, modas e tecnologias são apresentadas como o melhor para o aperfeiçoamento do aprendizado da língua estrangeira.
Sempre achei a parte gráfica desse material um espetáculo a parte
Se você nasceu muito tempo depois da publicação desse material, imagine-se aprendendo inglês com esses recursos e seja grato por hoje haver uma quantidade imensurável de formas de se aprender a língua inglesa. Se você é dessa época, curta a nostalgia de relembrar como estudávamos na era pré-internet.
Have a nice trip - straight from the time tunnel.
ENGLISH EXPERIENCE 3A - OITAVOS ANOS - COLÉGIO ALEXANDRA - TRANSCRIPT
Review
1 - Activity 1 - PAGE 20
Transcript
Jessie: Hey,
Kyle! Can I talk to you for a second?
Kyle: Hi,
Jessie! Sure! What happened?
Jessie: Do
you like our PE classes?
Kyle: Yes,
I love them! I really enjoy playing baseball, basketball and soccer.
Jessie: That's
nice, but don't you think we could do something different? Like martial
arts or gymnastics
Kyle: To tell
you the truth, I'm not a big fan of martial ar gymnastics..
Jessie: Alright,
we could also go running, swimming or even skating! I just can't stand
playing baseball, basketball and soccer anymore!
Kyle: I
see what you mean. I guess you should talk to the PEteacher! What do you think?
Jessie: Yeah,
maybe that's a good idea. Look! He's coming l will talk to him! Thanks,
Kyle!
Kyle: Good
luck!
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Azeitonas Gregas - Gilberto de Mello Kujawski
Esse texto foi extraído do Jornal da Tarde - 4 de janeiro de 1980, sexta-feira, – OESP
Ainda há poucos dias, São Paulo Pergunta, nesta mesma página, trouxe os últimos lances da escaramuça travada em torno da Quarta Dimensão. Leitores descrentes classificam Geometria de Quatro Dimensões como "baboseira absurda". Outro leitor assim se manifesta: "... O professor falou tanto sobre propriedades do espaço, que não existe que parecíamos estar num outro mundo. Para que serve esta geometria de quatro dimensões se estamos num espaço de três dimensões? Como esta Geometria pode minorar a fome da população ou lá que utilidade terá?" (JT, 17-12-79).
Sempre a mesma coisa. Desde que a Ciência existe não pode o sábio debruçar-se sobre a teoria pura sem que venha rondá-lo o espírito do pesadume e do obscurantismo perguntando: Para que serve? - qual a finalidade prática? - que utilidade tem?
Conhecerá o leitor dessa carta a história de um grego do século VI, chamado Tales? Esse Tales, que as histórias da Filosofia consideram o primeiro filósofo, vivia em Mileto, cidade da Ásia Menor, e, embora não fosse homem nada ocioso, sua ocupação preferida era observar as estrelas e tudo o que se passava no céu. Um dia estava tão absorto em suas observações, olhando atentamente para o ar enquanto caminhava, que caiu dentro de um poço. Uma criadinha trácia que assistia à cena, depois de rir perdidamente do pobre astrônomo, ainda deu à liberdade de dizer-lhe que ele tanto se entusiasmava em saber o que acontecia no céu que não percebia o que estava aos seus pés! Como Tales vivia pobremente, muitos apontavam a inutilidade de Filosofia como causa de sua pobreza. Pretendendo calar a boca dos críticos, Tales servindo-se de observações astronômicas que só ele conhecia, previu com bastante antecedência uma abundante colheita de azeitonas. Arranjando pequena soma de dinheiro, arrumou quantas moendas havia na região, apreço ínfimo. Confirmando-se o acerto de sua previsão, a colheita de azeitonas foi assombrosa naquele ano, produzindo, em conseqüência, demanda maciça de moendas, que Tales sublocou impondo o preço, amealhando, assim, verdadeira fortuna. O filósofo riu das pessoas "práticas" que não entendem a ação fecundante das idéias na economia da VIDA humana.
Qual a moral da história de Tales, um dos Sete Sábios da Grécia? Parece consistir em dois pontos:
1) Teoria é teoria, isto é, a teoria não se subordina aos fins da prática, é o fim em si mesma. O objetivo de Tales era observar estrelas, e com isso contentava, sem pedir mais nada, prova é que renunciou à riqueza, ao conforto, ao prestígio, para dedicar-se, exclusivamente à contemplação da natureza.
2) A teoria, sem deixar de ser teoria pura, pode desdobrar-se em instrumento da prática. Contam-se de Tales muitas proezas, além da que já sabemos. Mediu a altura das pirâmides egípcias pela sombra, explicou o mecanismo das inundações do Nilo, conseguiu desviar o curso de um rio, durante a guerra, e aconselhou sagazmente às cidades gregas que se unissem numa federação para resistirem ao crescente poderio persa.
Não foi, propriamente, um desligado. "Neste antigo pensador e investigador helênico, vemos atuar a característica união de energia teorética e energia prática sempre presente na sabedoria grega." (W. Nestle)
Teoria significa "visão", visão mental, e é indispensável na vida humana sempre que se depara com o desconhecido, o incerto, o perigoso. Como a vista vai sempre na frente dos pés, devassando o caminho à teoria é o capitão - dizia Leonardo da Vinci - e a prática são os soldados. “E não é de uso exclusivo dos sábios. Que significa a linguagem, senão a mais difundida das teorias, a teoria ao nível da vida cotidiana, ao alcance do homem comum? Verdade é que teoria congelada, e por vezes fossilizada nos padrões e esquemas da palavra, mas ainda assim atuante na interpretação do mundo.
A teoria pode ser comparada a um óculo de grande alcance, devassando à nossa vista novas terras desconhecidas. Os olhos do contemplador se contentam com a vista a distância, mas nada impede que um dia suas pernas se movam em direção aos novos horizontes, apenas entre vistos. A teoria pode ser comparada também a um jogo de armar passível de todo tipo de combinações e figuras desde as mais fantásticas, a abstratas e irreais até as mais empíricas e prosaicas. Na teoria a inteligência é elevada ao mais alta grau de liberdade. Por isso, onde não viceja a liberdade, a teoria não pisa. Totalitarismo, autoritarismo, despotismo sufocam juntos a liberdade e sua irmã gêmea, a teoria, o espírito de indagação e especulação. O camarada Marx parecia não estar em seus melhores dias quando, irritado com o descabelamentos do idealismo alemão em seu tempo, traçou aquelas linhas que tanto dariam que falar: "Os filósofos não têm feito mais que interpretar o mundo de diversas maneiras: agora, trata-se de transformá-lo." (tese sobre Feuerbach). Ora, a filosofia não tem feito outra coisa senão transformar o mundo, desde os primeiros vagidos. Pois qual a metafísica que não arrasta consigo a respectiva ética, certa política, determinada ciência e técnica? Perguntou um amigo muito afeito a essas questões: - Quem transformou mais o mundo até hoje, Marx ou Descartes? Como se vê, o páreo não é fácil.
Condensou-se no Brasil, terra querida do obscurantismo, a mentalidade pragmática a mais imediatista, das línguas clássicas, do espírito de pesquisa. Ainda há pouco, um ex-presidente da República, que não parece descender daquele "povo de poetas e filósofos", recomendava à juventude que não se dedicasse ao estudo das disciplinas sem mercado, como se cultura fosse questão de mercado. Nada mais distante da realidade que o cálculo infinitesimal, mas de foi que surgiu a física do automóvel e do avião. Do cálculo infinitesimal, das geometrias não euclidianas, da teoria da relatividade e outras superfluidades derivou a física superiormente exata que construiu nosso mundo e agora ameaça destruí-los, comprovando até que ponto aquelas teorias científicas, aparentemente extravagantes, nada tem de inoperantes.
Ainda há poucos dias, São Paulo Pergunta, nesta mesma página, trouxe os últimos lances da escaramuça travada em torno da Quarta Dimensão. Leitores descrentes classificam Geometria de Quatro Dimensões como "baboseira absurda". Outro leitor assim se manifesta: "... O professor falou tanto sobre propriedades do espaço, que não existe que parecíamos estar num outro mundo. Para que serve esta geometria de quatro dimensões se estamos num espaço de três dimensões? Como esta Geometria pode minorar a fome da população ou lá que utilidade terá?" (JT, 17-12-79).
Sempre a mesma coisa. Desde que a Ciência existe não pode o sábio debruçar-se sobre a teoria pura sem que venha rondá-lo o espírito do pesadume e do obscurantismo perguntando: Para que serve? - qual a finalidade prática? - que utilidade tem?
Conhecerá o leitor dessa carta a história de um grego do século VI, chamado Tales? Esse Tales, que as histórias da Filosofia consideram o primeiro filósofo, vivia em Mileto, cidade da Ásia Menor, e, embora não fosse homem nada ocioso, sua ocupação preferida era observar as estrelas e tudo o que se passava no céu. Um dia estava tão absorto em suas observações, olhando atentamente para o ar enquanto caminhava, que caiu dentro de um poço. Uma criadinha trácia que assistia à cena, depois de rir perdidamente do pobre astrônomo, ainda deu à liberdade de dizer-lhe que ele tanto se entusiasmava em saber o que acontecia no céu que não percebia o que estava aos seus pés! Como Tales vivia pobremente, muitos apontavam a inutilidade de Filosofia como causa de sua pobreza. Pretendendo calar a boca dos críticos, Tales servindo-se de observações astronômicas que só ele conhecia, previu com bastante antecedência uma abundante colheita de azeitonas. Arranjando pequena soma de dinheiro, arrumou quantas moendas havia na região, apreço ínfimo. Confirmando-se o acerto de sua previsão, a colheita de azeitonas foi assombrosa naquele ano, produzindo, em conseqüência, demanda maciça de moendas, que Tales sublocou impondo o preço, amealhando, assim, verdadeira fortuna. O filósofo riu das pessoas "práticas" que não entendem a ação fecundante das idéias na economia da VIDA humana.
Qual a moral da história de Tales, um dos Sete Sábios da Grécia? Parece consistir em dois pontos:
1) Teoria é teoria, isto é, a teoria não se subordina aos fins da prática, é o fim em si mesma. O objetivo de Tales era observar estrelas, e com isso contentava, sem pedir mais nada, prova é que renunciou à riqueza, ao conforto, ao prestígio, para dedicar-se, exclusivamente à contemplação da natureza.
2) A teoria, sem deixar de ser teoria pura, pode desdobrar-se em instrumento da prática. Contam-se de Tales muitas proezas, além da que já sabemos. Mediu a altura das pirâmides egípcias pela sombra, explicou o mecanismo das inundações do Nilo, conseguiu desviar o curso de um rio, durante a guerra, e aconselhou sagazmente às cidades gregas que se unissem numa federação para resistirem ao crescente poderio persa.
Não foi, propriamente, um desligado. "Neste antigo pensador e investigador helênico, vemos atuar a característica união de energia teorética e energia prática sempre presente na sabedoria grega." (W. Nestle)
Teoria significa "visão", visão mental, e é indispensável na vida humana sempre que se depara com o desconhecido, o incerto, o perigoso. Como a vista vai sempre na frente dos pés, devassando o caminho à teoria é o capitão - dizia Leonardo da Vinci - e a prática são os soldados. “E não é de uso exclusivo dos sábios. Que significa a linguagem, senão a mais difundida das teorias, a teoria ao nível da vida cotidiana, ao alcance do homem comum? Verdade é que teoria congelada, e por vezes fossilizada nos padrões e esquemas da palavra, mas ainda assim atuante na interpretação do mundo.
A teoria pode ser comparada a um óculo de grande alcance, devassando à nossa vista novas terras desconhecidas. Os olhos do contemplador se contentam com a vista a distância, mas nada impede que um dia suas pernas se movam em direção aos novos horizontes, apenas entre vistos. A teoria pode ser comparada também a um jogo de armar passível de todo tipo de combinações e figuras desde as mais fantásticas, a abstratas e irreais até as mais empíricas e prosaicas. Na teoria a inteligência é elevada ao mais alta grau de liberdade. Por isso, onde não viceja a liberdade, a teoria não pisa. Totalitarismo, autoritarismo, despotismo sufocam juntos a liberdade e sua irmã gêmea, a teoria, o espírito de indagação e especulação. O camarada Marx parecia não estar em seus melhores dias quando, irritado com o descabelamentos do idealismo alemão em seu tempo, traçou aquelas linhas que tanto dariam que falar: "Os filósofos não têm feito mais que interpretar o mundo de diversas maneiras: agora, trata-se de transformá-lo." (tese sobre Feuerbach). Ora, a filosofia não tem feito outra coisa senão transformar o mundo, desde os primeiros vagidos. Pois qual a metafísica que não arrasta consigo a respectiva ética, certa política, determinada ciência e técnica? Perguntou um amigo muito afeito a essas questões: - Quem transformou mais o mundo até hoje, Marx ou Descartes? Como se vê, o páreo não é fácil.
Condensou-se no Brasil, terra querida do obscurantismo, a mentalidade pragmática a mais imediatista, das línguas clássicas, do espírito de pesquisa. Ainda há pouco, um ex-presidente da República, que não parece descender daquele "povo de poetas e filósofos", recomendava à juventude que não se dedicasse ao estudo das disciplinas sem mercado, como se cultura fosse questão de mercado. Nada mais distante da realidade que o cálculo infinitesimal, mas de foi que surgiu a física do automóvel e do avião. Do cálculo infinitesimal, das geometrias não euclidianas, da teoria da relatividade e outras superfluidades derivou a física superiormente exata que construiu nosso mundo e agora ameaça destruí-los, comprovando até que ponto aquelas teorias científicas, aparentemente extravagantes, nada tem de inoperantes.
terça-feira, 12 de maio de 2020
Lançamento do canal do Youtube
Dia 13 de maio de 2020, fiz uma live com o super candidato aprovado César Annunciato, falando sobre como estudar Inglês para concursos militares.
Espero que gostem.
Inscrevam-se no canal e dê aquela curtida 👍
https://www.youtube.com/channel/UC5901cRjFSZ0W2_wv4Dy9TQ
Professor Gallileo
quinta-feira, 26 de março de 2020
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
#giving personal information -
Lucy: Hello.
School librarian: Hello, what’s your name?
Lucy: My name's Lucy.
School librarian: And what's your surname, Lucy?
Lucy: Moore.
School librarian: Can you spell that?
Lucy: M-O-O-R-E.
School librarian: Thank you. What class are you in?
Lucy: Class 1B.
School librarian: Class 1B. And how old are you, Lucy?
Lucy: I'm 13.
School librarian: Have you got a photo?
Lucy: Yes, here you are.
School librarian: Thank you ... OK, thank you, Lucy. Here's your school library card.
Lucy: Thanks. Bye.
School librarian: Goodbye.
Demonstratives - Training
Write in
the plural.
(Escreva no
plural, observando que o adjetivo não varia)
1. This color is very beautiful - These colors are very
beautiful.
2. This shirt is very expensive.
3. This house is very old.
4. Is this purse cheap?
5. This skirt is not expensive.
6. This boy and this girl are my friends.
7. This purse and this wallet are modern.
8. This boy is happy.
9. This girl is beautiful.
10. This teacher is intelligent.
11. This book is very good.
12. This car is very expensive.
13. This house is new.
14. This teacher is young.
Do the
same:
(Faça o
mesmo, observando que o artigo desaparece no plural)
1. That is a nice shop. - Those are nice shops.
2. Is that a Brazilian airplane?
3. That is a beautiful bird.
4. That train, that ship and that boat are very old.
5. That magazine is not interesting.
6. That is a happy boy.
7. That is a new house.
8. That is a good teacher.
9. That is a red bird.
(LAPORTA, Edgar. A Practical English Course: curso completo. São Paulo:
Companhia Editora Nacional.)
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Atividade dirigida de Língua Estrangeira - Inglês
Alunos deverão separar as palavras deste texto por grupos como estudados em sala.(transparent, known, unknown and false cognates words)
AUTOBIOGRAPHY
“When you’re
small you’re like a piece of white paper with nothing written on it, (…) he
writes down his name in Irish and my mother writes down her name in German and
there’s a blank space left over for all the people outside who speak English (…)
My father says your language is home and your country is your language and your
language is your flag”
(HAMILTON,
H. The Speckled People: A Memoir of a Half-Irish Childhood. New York:
HarperCollins Publishers, 2003, p. 3.)
Classificação dos Fonemas - Prof Gallileo
Os fonemas se classificam em:
- VOGAIS;
- SEMIVOGAIS;
- CONSOANTES.
Vogais são fonemas que têm autonomia sonora, isto é, podem ser pronunciadas sozinhas. São representadas pelas LETRAS A-E-I-O-U.
Exemplo:
B-O-L-A
P-A-C-A-T-O
Semivogais são fonemas representados pelas letras (e) i oi (o) u pronunciados juntamente com uma outra vogal. A pronúncia da semivogal é sempre mais fraca que a da vogal.
Exemplo:
P-A-I =
/a = vogal/
/ i = semivogal/
Consoantes são fonemas sem independência sonora. As consoantes necessitam da vogal para serem articuladas. Experimente pronunciar algumas consoantes e poderá perceber as barreiras.
Agora leia em voz alta as palavras abaixo e perceba como as consoantes precisam das vogais.
S-A-B-E-R
V-I-D-A
C-A-S-A-S
Sílaba é um fonema ou um grupo de fonema de uma palavra, pronunciados de uma só vez, num único impulso de voz.
- a vogal é sempre o apoio (base) da sílaba.
- a palavra possui tantas sílabas quantas forem as vogais.
- a sílaba pode ser formada por uma só vogal, mas nunca por uma consoante ou semivogal sozinha.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
Atividade de Estudo Dirigido – 8º e 9º
anos
Professor Alberto Ribeiro Rosa Júnior
Carlos Drummond de
Andrade
CASO DE RECENSEAMENTO
O agente do recenseamento vai bater numa
casa de subúrbio longínquo, aonde nunca chegam as notícias.
— Não quero comprar nada.
— Eu não vim vender, minha senhora.
Estou fazendo o censo da população e lhe peço o favor de me ajudar.
— Ah moço, não estou em condições de
ajudar ninguém. Tomara eu que Deus me ajude. Com licença, sim?
E fecha-lhe a porta.
Ele bate de novo.
— O senhor, outra vez?! Não lhe disse
que não adianta me pedir auxílio?
— A senhora não me entendeu bem,
desculpe. Desejo que me auxilie mas é a encher este papel. Não vai pagar nada,
não vou lhe tomar nada. Basta responder a umas perguntinhas.
— Não vou responder a perguntinha
nenhuma, estou muito ocupada, até logo!
A porta é fechada de novo, de novo o
agente obstinado tenta restabelecer o diálogo.
— Sabe de uma coisa? Dê o fora depressa
antes que eu chame meu marido!
— Chame sim, minha senhora, eu me
explico com ele.
(Só Deus sabe o que irá acontecer. Mas o
rapaz tem uma idéia na cabeça: é preciso preencher o questionário, é preciso
preencher o questionário, é preciso preencher o questionário) .
— Que é que há? - resmunga o marido,
sonolento, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
— É esse camelô aí que não quer deixar a
gente sossegada!
— Não sou camelô, meu amigo, sou agente
do censo.
— Agente coisa nenhuma, eles inventam
uma besteira qualquer, depois empurram a mercadoria! A gente não pode comprar
mais nada este mês, Ediraldo!
O marido faz lhe um gesto para calar se,
enquanto ele estuda o rapaz, suas intenções. O agente explica-lhe tudo com
calma, convence-o de que não é nem camelô nem policial nem cobrador de impostos
nem enviado de Tenório Cavalcanti. A idéia de recenseamento, pouco a pouco, vai
se instalando naquela casa, penetrando naquele espírito. Não custa atender ao
rapaz, que é bonzinho e respeitoso.
E como não há despesa nem ameaça de
despesa ou incômodo de qualquer ordem, começa a informar, obscuramente
orgulhoso de ser objeto, pela primeira vez na vida, da curiosidade do governo.
— O senhor tem filhos, seu Ediraldo?
— Tenho três, sim senhor.
— Pode me dizer a graça deles, por
obséquio? Com a idade de cada um?
— Pois não. Tenho o Jorge Independente,
de 14 anos; o Miguel Urubatã, de 10; e a Pipoca, de 4.
— Muito bem, me deixe tomar nota.
Jorge... Urubatã... E a Pipoca, como é mesmo o nome dela?
— Nós chamamos ela de Pipoca porque é
doida por pipoca.
— Se pudesse me dizer como é que ela foi
registrada...
— Isso eu não sei, não me lembro.
E, voltando-se para a cozinha:
— Mulher, sabes o nome da Pipoca?
A mulher aparece confusa.
— Assim de cabeça eu não guardei.
Procura o papel na gaveta.
Reviram a gaveta, não acham a certidão
de registro civil.
— Só perguntando à madrinha dela, que
foi quem inventou o nome. Pra nós ela é Pipoca, tá bom?
— Pois então fica se chamando Pipoca,
decide o agente. Muito obrigado, seu Ediraldo, muito obrigado, minha senhora,
disponham!
Fonte: Livro Para Gostar de Ler,
Crônicas, ed. Didática,
Carlos Drummond de Andrade, SP, Ática,
1978
*****
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902.
Estudou em Belo Horizonte e Nova Friburgo, formando-se em farmácia na cidade de Ouro Preto.
Durante a maior parte da vida foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguido até seu falecimento, em 17 de agosto de 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua única filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade.
Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
Great Books of Western World - Livro 1 - Apologia de Sócrates - Platão
Há inúmeras
versões para acessar. Recomendo das edições L&PM por serem de fácil acesso.
Pois em qualquer banca, livraria, sebo do país se encontram facilmente e porque
estão disponíveis no Kindle Unlimited da Amazon e no site Lelivros.
Great Book of Western World - Ano 1
Um desafio de leitura para 2020
“Great Books of Western World”
é uma coleção de obras essenciais que fundaram o mundo ocidental, estas foram
reunidas em 54 volumes e separadas por
autores, e servem de base de estudos para muitas universidades americanas.
Foi idealizada por Mortimer Adler, autor do clássico “Como ler livros”
e lançada pela Enciclopédia Britânica em 1952, nos E.U.A.
Nesse primeiro ano de desafio, os livros listados serão lidos, se
possível na ordem, e buscando sempre edições em Língua Portuguesa. Uma vez que
esses livros originais são organizados em inglês, pode ser que enfrentemos
algumas dificuldades quando se tratar de uma obra muito específica, que não
tenha sido traduzido para o português e/ou não tenha uma edição acessível.
Aqui está a lista:
5) República de Platão - Livro
I - II
6) Ética a Nicômaco -
Aristóteles
7) Política - Aristóteles
8) As Vidas dos Nobres Gregos e
Romanos - Plutarco
9) Confissões - Agostinho
10) O Príncipe -
Maquiavel
11) Gargantua e Pantagruel -
Rabelais
12) Ensaios - Montaigne ()
14) Segundo Tratado Sobre o
Governo (Segundo Ensaio) -Locke
15) O Contrato Social -
Rousseau
16) Declínio e Queda do Império
Romano - Gibbon
17) A Declaração de Independência
dos E.U.A.
18) A Riqueza das Nações - Adam
Smith
Boa leitura!
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