domingo, 24 de novembro de 2024

 


    Ainda quando eu era um aluno da graduação de Linguística, tive o imenso prazer de fazer parte de uma equipe de revisão técnica da Editora Hedra, na confecção do que seria o primeiro dicionário livre da Língua Portuguesa.

"O Minidicionário Livre da Língua Portuguesa é a primeira obra de referência impressa sob as licenças Creative Commons (CC-BY-NC), permitindo ao leitor reproduzir, distribuir e modificar seu conteúdo, desde que não faça dele uso comercial e mencione sempre o nome do autor. Com 35 mil verbetes, o dicionário conta ainda com divisão silábica, indicação de pronúncia e grafia dos plurais irregulares, além da maioria dos nomes de grupos e línguas indígenas do Brasil, geralmente não dicionarizados."

    Sempre gostei da Lexicografia e ainda quando criança passava horas lendo os dicionários que me chegavam às mãos. Na faculdade, tive a felicidade de ter contato com dois excelentes doutores (Waldemar Ferreira Netto e Rosane de Sá Amado),  que me abriram as portas para aquilo que seria minha primeira expericência no ramo editorial de dicionários.


    Eram horas e horas criando o corpus que viria a ser a base desse dicionário, consultas e consultas a uma seleção de dicionários já publicados e aclamados no país, assim eram as manhã do início do novo milênio. Eu sinceramente não tinha dimensão do trabalho que dava, também não reconhecia o impacto que essa obra teria. 
    Essa publicação foi além-mar e serviu de base  para confecção de outro dicionário Dicionário livre santome/português Livlu-nglandji santome/putugêji, de Gabriel Antunes de Araujo, um dialeto africano influenciado pela Língua Portuguesa em São Tomé desde o século XVI.