Nunca
conheci outro lugar.
só visitei.
quando
criança cria em Deus,
na tv, nos
sonhos e, tolamente,
que
conheceria o mundo.
Saía pela
porta da cozinha,
descia os
escadões da vila,
cruzava as
ruas repletas de carros
velhos,
parados, em eterna manutenção...
Isto me
mostrou a velocidade,
ensinou-me
a propriedade.
Fez a
dinâmica me atravessar,
consertando
tudo aquilo que errava.
O cheiro
dos cafés que ebuliam nos bares
marcava na
memória que a
manhã
acontece preguiçosamente.
-Bom-dia, seo
Mário!
-Dia?...
nunca entendi o dia.
O campo de
futebol encharcado,
poços,
coaxar dos sapos e
cascalhos,
muitos cascalhos.
Um futuro
asfalto, sonhava a ruazinha de barro.
Pretenciosamente
almejava que
gostaríamos
de progresso.
Queria
conhecer São Paulo,
o Rio, o estrangeiro
quem sabe.
peguei um “pareio”
de roupas
Paguei uma
passagem de ida,
chorei a
distância das curvas e
o enjoo do
meio da serra.
Para
visitar o mundo e
conhecer
cada vez mais o lugar
que me
pariu, criou, alimentou
Hoje visito
o mundo, passeio por ele
e conheço
intimamente as vielas, as casas sobre casas
entendo que
pelo resto mundo só posso
passear...
Alberto Ribeiro Rosa Júnior - 2010
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